Suicídio no super mercado
Terça-feira fui ao super mercado fazer compras com Priscilla.
E eu odeio fazer compras.
Então quando entro no mercado eu empurro o carrinho como um fórmula 1 pelas seções, pegando o que eu já sei que a gente SEMPRE leva e tentando manter o foco de Priscilla em mim… pra evitar que ela fique 30 minutos olhando uma prateleira pra acabar levando o mesmo produto que a gente sempre leva.
Mulheres…
Mas minha persistência sempre dá certo. Em menos de 30 minutos a gente consegue colocar tudo que precisa no carrinho e seguir pro caixa.
É nesse momento que o pensamento em suicídio vem em minha mente.
Por que?
Começando pela distribuição do atendimento.
Tem uns 30 caixas, mas uns 4 ou 5 são reservados pra empresas ou preferenciais e vivem vazios. Ou seja, ficam 25 caixas com filas imensas e 5 de braços cruzados.
Por falar em filas, nós passamos mais de 1 hora em pé esperando.
Já que as filas sempre demoram, seria pedir demais colocar umas cadeiras entre uma fila e outra (onde ficam aquelas gôndolas de produtos) pra pelo menos as pessoas esperarem sentadas?
Ok. Quando eu finalmente chego no caixa, desisto do suicídio, tiro a corda do pescoço e começo a empilhar os produtos na esteira tão rápido que chego a suar… mas parece que os caixas não compartilham da minha pressa.
A minha atendente, por exemplo, pegava um produto da esteira com a mão direita, trazia até junto dela e soltava o item em sua frente. Então, com a mão direita livre, ela pegava o leitor de código de barras e passava no produto. Depois ela levava o leitor para a mão esquerda, e ia com a mão direita pegar outro produto, soltava na frente dela, trocava o leitor de mão, passava o leitor no produto, trocava o leitor de mão…
…E assim ela fez com cada um dos +200 itens que levamos.
Cada vez que ela pegava um produto e trocava o leitor de mão, o pensamento de suicídio voltava com força toda. Por sorte ela já tinha passado a corda (com a mão direita).
Enfim, é sempre uma experiência horrível pra mim e para as outras pessoas – a julgar pela expressão no rosto delas.
Mas onde quero chegar com isso?
Bem, eu já frequento esse mercado há anos, mas se surgir um outro que seja organizado e se gabe de suas filas rápidas, pode apostar que é pra lá que eu vou sem pensar duas vezes.
Por outro lado, tem um china no centro onde comemos yakisoba de vez em quando. Somos tão bem atendidos lá, que caminhamos várias quadras no sol quente pra almoçar nele ao invés de entrar no concorrente que fica quase vizinho de onde estacionamos.
E isso se aplica a todo tipo de negócio.
Onde existir empresas servindo mal seus clientes, existe oportunidades de entrar e conquistar uma bela fatia daquele mercado.
Esse é um daqueles pensamentos que precisam estar em sua cabeça diariamente, tanto pra criar novos negócios, quanto para evitar que você seja aquele serve mal seus clientes.