Ontem Isabella fez 9 meses.

E como a bebê está evoluindo rápido…. meu Deus.

Desde a maneira como ela pega as coisas (com coordenação e controlando os dedinhos), se movimenta (engatinhando, ficando em pé, se virando e mamando de cabeça pra baixo), “fala”, interage com a gente e aprende coisas novas.

Pior que eu preciso muito me preparar…

Porque a menina adora adrenalina.

A gente empurra ela na motinha, e ela não quer simplesmente ser empurrada… ela quer CORRER.

“Vai papai, vai papai!” ela demonstra com os bracinhos e pernas agitados e a cara de emoção.

Se eu coloco na rede… ela quer ficar em pé surfando – ou que eu balance tão rápido que ela sinta a força G.

Se eu balanço ela no colo, não é pra balançar… é pra fazer o barco viking do parque de diversões.

Se vê uma moto passando na rua… a menina acompanha com o olhar e faz o barulho de motor acelerando: “Brumm brum brum brum”

Enfim.

Grandes chances da adolescente Isabella fazer o papai infartar porque estava saltando de moto sobre um helicóptero em funcionamento em cima de um prédio.

Mas enquanto esse dia não chega, eu procuro ao máximo viver cada minuto com ela.

E que bom que eu posso fazer isso.

Eu não… Nós.

Pois Priscilla não precisa trabalhar, e escolheu viver ao máximo de Isabella – e eu trabalho umas 4 horas por dia, e vivo o máximo que posso com ela.

Veja:

Nós nunca tivemos o grande sonho de ter filhos.

A gente queria, mas não era o grande sonho.

Mas agora que ela nasceu, nada nos faz mais feliz do que ser uma família.

(e sim, nós queremos mais bebês)

Porém…

Nada disso está acontecendo por acaso.

Nós não somos sortudos por poder criar nossa filha e vê-la crescer de perto todos os dias.

Priscilla não é sortuda por não precisar trabalhar.

E eu não trabalho 4 horas por dia porque sou sortudo.

(eu eu também não estou dizendo nada disso pra me gabar – você já vai entender)

Não mesmo.

Tudo isso aconteceu porque eu sempre sonhei em ser livre.

Desde o primeiro dia que pisei numa empresa tradicional pra trabalhar de carteira assinada, eu senti que aquilo não era pra mim e eu não ia passar o resto de minha vida daquele jeito, cumprindo horário dos outros, recebendo o que os outros querem me pagar, e engolindo sapo de funcionário e chefe mala.

Toda essa insatisfação me fez criar uma visão de como eu queria viver.

Ou seja: Eu comecei minha jornada com um fim em mente.

Sabendo onde eu queria chegar.

Porém, se traçar num mapa o caminho que percorri, você ia ver que não foi uma linha reta (de onde eu estava e onde queria chegar).

A linha ia dar várias e várias voltas, seguir pra várias direções erradas e até voltar algumas vezes até finalmente chegar no destino.

E todas as vezes que a linha seguiu pra direções erradas, a razão sempre foi a mesma:

Porque eu perdia minha visão, me deixava ser guiado pelas visões dos outros e seguia pelos caminhos deles – que não levavam onde eu queria chegar.

Por exemplo:

Eu comecei como agência digital.

Você conhece alguém que tem agência e não trabalha 10 horas por dia??

Aí pulei pra lançamentos, no primeiro Fórmula, e logo de cara sabia que aquilo era loucura.

Aí passei um tempo como co-produtor, trabalhando como louco e lidando com sócios loucos.

Vim pro copywriting – onde precisava escrever 12 horas por dia de domingo a domingo.

Caí fora do copywriting (e só voltei anos depois, focado em email).

Tentei ser closer – 10 horas por dia ao telefone??

Enfim.

Apenas alguns dos vários caminhos que tentei seguir.

Msa percebe como nenhum deles me levaria onde eu queria chegar?

O pior é que é algo lógico.

Não precisa ser nenhum gênio pra ver.

Só precisa ser ingênuo pra acreditar.

Acreditar que você vai começar trabalhando 12 horas por dia, e um dia vai ser tão bem pago naquilo que você conseguirá trabalhar apenas 4 horas por dia.

O que é lindo na teoria… mas na prática isso não acontece.

Não acontece nem mesmo com cantores, que vivem isso (de fato), e começam cantando em troca da refeição até um dia em que cobram 500 mil de cachê – mas ainda assim não trabalham 4 horas por dia.

O show business não funciona assim.

Da mesma forma que a maioria dos modelos de negócios.

Mas não me entenda errado.

Não estou dizendo que você não deve trablhar duro, e até 10 ou 12 horas por dia.

Todo começo é difícil e costuma ser assim.

Mas o que estou querendo dizer é:

Comece pelo fim.

Pergunte a você mesmo:

“Onde eu quero chegar?”

“Exatamente como eu quero que seja o meu dia normal?”

E com isso em mente, toda vez que for fazer algo ou seguir um caminho, você se pergunta:

“Isso aqui vai me levar pra onde eu quero chegar… ou vai me afastar disso?”

Porque em tudo que fazemos nós começamos pelo fim.

Se vamos construir uma casa, começamos pelo projeto que mostra o resultado final – e então vamos construindo até chegar no resultado desejado.

Se vamos montar um guarda-roupa, a mesma coisa.

Se vamos aprender uma música nova na guitarra, a mesma coisa.

Se vamos viajar pra um lugar novo, a mesma coisa.

Mas quando se trata de nossas próprias vidas, a gente esquece disso e vai deixando a vida nos levar.

Não pode.

Se você não segurar as rédeas e controlar a direção de sua própria vida, outras pessoas farão isso por você.

Seu chefe, sua esposa, seu bofe, seu guru, sua família, seu amigo do Porshe, sua sobrinha que cuida de você, enfim.

E nesse caso só um fim é certo:

O amorgo e doloroso Arrependimento.

Porque é só quando envelhece que a gente olha pra trás e vê como a vida é simples… e como você fez de tudo pra complicar, ou perdeu tanto tempo seguindo por caminhos errados.

Não caia nessa armadilha.

Comece pelo fim.

Se você está vivo e lendo esse email, ainda dá tempo de chegar lá.

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