O copywriter que inventou o mau hálito
Você já deve ter passado por isso:
Ter em suas mãos um produto ou serviço que ninguém quer comprar.
Algo bom, que funciona, mas mesmo explicando todos os benefícios com entusiasmo… ninguém passa o cartão??
Algo que nem uma estratégia elaborada e uma copy bem feita conseguiu fazer converter??
É uma sensação horrível.
Mas infelizmente, bastante comum.
Por que?
Porque a maioria das empresas e profissionais de marketching têm dificuldades em criar demanda para seus produtos.
Eles simplesmente tentam “empurrar” a coisa com promessas absurdas, grandes descontos, conteúdo, terror ou pressão.
Às vezes isso funciona.
Mas às vezes não.
A verdade é que muitos produtos e serviços não são naturalmente atraentes como um mousse de chocolate ou uma ferrari (que praticamente se vendem sozinhos).
Muitas vezes é preciso fazer um trabalho de criação de demanda para que as pessoas entendam sua solução e despertem seus desejos pra ela.
Quer um exemplo?
No início dos anos 1900, uma empresa de St. Louis (EUA) inventou o Listerine como um Antisséptico cirúrgico.
O produto era vendido em grandes galões aos hospitais e era usado pra limpar as mãos e aparelhos dos profissionais de saúde.
Mas a empresa não estava indo muito bem.
Aí eles mudaram o apelo, e o Listerine passou a ser comercializado em farmácias como um remédio pra infecções de garganta.
Mas a empresa ainda não estava indo bem nas vendas.
Foi então que em 1922, o filho do dono se juntou com 2 publicitários e criaram a Halitose – um bonito nome para o mau hálito.
Aí eles posicionaram brilhantemente o Listerine como a solução pro mal hálito.
Entenda o contexto:
O ano era 1922 e todo mundo fedia. Mas a população estava começando a falar sobre a saúde de partes do corpo.
E de maneira brilhante, o Listerine se aproveitou pra surfar nessa onda.
Seus anúncios era baseados em histórias, e usavam títulos como:
“Nem mesmo seu melhor amigo vai lhe dizer”
ou, o mais famoso de todos:
“Sempre uma dama de honra, nunca uma noiva”
Ambos contando histórias que o público vivia na pele (ou na boca) e se identificava.
O resultado?
A verba de publicidade deles saiu de 0 pra 5 milhões por ano, com anúncios em 80 revistas e 300 jornais. E o produto gerando lucro de 4 melhões por ano.
Tudo isso, em 1922.
Tudo isso, criando demanda para o produto.
Como disse nesse email anterior, copy é pura encanação. E muitas vezes você vai precisar de mais canos ou mudar toda a tubulação para conseguir criar a demanda para as pessoas comprarem seu produto.