Lições de marketing de Cobra Kai (contém spoiler)

Semana passada terminar de assistir Cobra Kai – uma série bastante divertida com a qual você pode aprender muito.

Começando pelo nome da série: Cobra Kai.

Ninguém gostava de Karatê Kid ou Daniel San. Era chato. Sem graça. E fraco. Mesmo sendo campeão, a imagem que temos do Daniel San é de fraqueza. E ninguém quer ser o fraco da história.

Então pra tornar a série atraente os caras focaram no outro lado da história. Mais interessante e até visualmente mais atraente.

Lição #1: Sua história tem que ser interessante e atraente. Caso contrário ninguém irá ouvi-la.

Se a série se chamasse Karatê Kid eu jamais teria assistido. Na verdade, mesmo se chamando Cobra Kai eu ainda demorei a assistir por causa da associação negativa que eu tinha com Daniel San.

E eles levaram tanto isso em conta que não chamaram o personagem pelo nome Daniel San, mas sim pelo sobrenome La Russo (também mais atraente).

Essa lição também se aplica desde o topo do funil até aos nomes de seus produtos. Nomes atraentes ajudam na conversão e na fixação da ideia na cabeça das pessoas.

Lição #2: Fale a coisa certa, para as pessoas certas, no momento certo

Tem uma parte na série onde La Russo (ex Daniel San) monta uma academia pra competir com a Cobra Kai – que se tornou um fenômeno na cidade.

La Russo tem um estilo completamente diferente do Cobra Kai. Na verdade são opostos. E ao invés de La Russo tentar entender quem são seus clientes ideais, ele foi tentar “converter” o público atraído pelo Cobra Kai.

O que obviamente não deu certo.

Porque dificilmente você vai vencer seu concorrente no território dele. Você precisa entender o contexto e descobrir onde tacar.

Exatamente o que La Russo fez. Ele não conseguia converter os novatos no Cobra Kai por que eles ainda estavam enfeitiçados com tudo que viram. Mas depois que eles entraram e se decepcionaram… um novo público foi criado: Pessoas que querem aprender karatê de um jeito diferente.

E foi aí que La Russo atacou e teve sucesso.

Lição #3: É preciso entreter.

Por fim, não faça marketing que fala massivamente sobre o conteúdo. É chato. É difícil pro cérebro absorver tanta informação dessa forma. E não converte tão bem (diferente do que dizem por aí).

É uma série sobre karatê num mundo onde ninguém fala de karatê. Todos os holofotes estão apontando para MMA. Então a série não foca no Karatê. Eles usam humor, boas histórias com as quais todo mundo se identifica e muita, muita curiosidade.

A receita ideal para altas conversões.

Sayōnara.

Compartilhe: