Lições de copy do Drácula

Desde pequeno sou fã de vampiros.

Quando vejo Crepúsculo com Edward brilhando no sol e aquele lobisomem másculo descamisado… que tesão…

Digo, que tesão as meninas devem sentir, hein?

Sai for. Sou MAXO.

Tão MAXO que escrevo com x pra não fazer biquinho na hora de falar.

Enfim. A verdade é que prefiro Blade, Anjos da noite, A rainha dos condenados, Os garotos perdidos (clássico da sessão da tarde).

Bem, hoje eu finalmente consegui terminar a série Drácula da Netflix.

São apenas 3 episódios. Mas cada um tem uma hora e meia de duração. É como se fossem 3 filmes.

O primeiro episódio é uma das melhores e mais bem contadas histórias de vampiros que já vi em todos esses anos nessa indústria vital.

O segundo episódio é só metade disso.

Já o terceiro é marrom menos. E tem um dos piores finais de todos os tempos. É preciso muito esforço para destruir uma boa história daquele jeito mas eles conseguiram.

Mas se parar pra pensar, quantas séries e filmes também não passam por isso?

Começam boas.

Prendem nossa bunda na pontado sofá.

Aí acontece uma virada e todo aquele roteiro maravilhoso vai por água abaixo. Deixando nossos corações cheios de fúria e a sensação de tempo desperdiçado.

Mas além de séries e filmes, onde mais acontece isso?

Em copys?

Sim. Em copys. Em emails, anúncios e páginas de vendas.

Você já deve ter visto algo assim:

A mensagem começa bem. É diferente. Tem uma ideia intrigante. Mas logo a conversa começa a broxar. As ideias param de fazer sentido. Fica confuso… e você cai fora.

Ouça bem:

Em séries e filmes as pessoas até assistem tudo só pra saber qual será o final.

Mas em uma copy a coisa é diferente.

Se a copy perder a atenção da pessoa apenas por alguns segundos… já era.

A pessoa sai. Fecha a página. E lá se vai sua chance.

Estou dizendo isso por que sei como pensa e age um copywriter. É normal dedicarmos grande parte do tempo desenvolvendo a ideia, o título e o início da copy.

Até quando chega um ponto onde a coisa fica tão longa que a gente só quer terminar logo.

Mas é aí onde mora o perigo.

Por que se você não dedicar a mesma atenção para todas as partes da copy do início ao fim, as pessoas vão perder o interesse e cair fora.

É assim que copys que parecem brilhantes, não dão certo. Por que elas apenas abrem a venda, mas não fecham.

Pra evitar isso eu leio e releio meus textos várias vezes pra garantir que eles seguem um fluxo suave e natural.

Todo parágrafo, frase ou palavra desnecessária são cortados.

Toda ideia que possa ter uma outra interpretação é cortada.

Tudo que não estiver alinhado com a ideia central é cortado.

Todos os advérbios, adjetivos e infinitivos são cortados.

Assim como um diamante devemos cortar e polir a copy até a joia ficar pronta.

Já imaginou se um joalheiro dedicasse mais esforço a uma parte do diamante do que às outras?

Você pega a pedra e à primeira vista a acha deslumbrante. Mas ao girar a peça e ver o outro lado – onde o joalheiro teve pressa em terminar – você se decepciona.

De repente aquela obra prima não passa de uma coisa inacabada.

Não deixe que isso aconteça com suas copys.

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