Lição milionária das ruas
Ontem parei o carro no semárofo.
Era por volta das 19h.
Sempre que paro no sinal eu fico atento, olhando pra todos os lados.
Nunca se sabe.
Quando olhei pro lado direito, tinha uma mulher sentada num banquinho de madeira.
Ela estava ofegante e com uma expressão de exaustão no olhar. Olhei melhor e vi que estava vestida segurando pinos de malabaris e vestida como alguém que faz performances.
Eu sempre ajudo pessoas que procuram gerar valor ao invés de apenas pedir dinheiro.
Mas quando peguei a carteira pra esperar ela se apresentar e então recompensá-la…
Percebi que a mulher estava tão cansada que não ia sair do lugar.
E foi o que aconteceu.
Ao invés, quem se aproximou de mim, com disposição e gerando valor (do jeito dele), foi um simples flanelinha.
Meu vidro estava mesmo sujo, então deixei ele limpar e entreguei a grana que gostaria de ter entregua à malabarista.
Foi então que me dei conta de como aquele cenário era um reflexo do que acontece no mundo digital hoje em dia.
Veja:
A malabarista faz literalmente um show toda vez que o semáforo fecha.
Mas não é qualquer pessoa que consegue fazer esse show. Então antes mesmo de poder ir pro sinal trabalhar, ela precisou se dedicar por um bom tempo pra desenvolver sua habilidade de malabarismo.
Segundo. Mesmo depois de aprender a fazer, o show em si não é fácil.
É preciso ter incrível concentração pra jogar pinos pro alto e manusea-los sem olhar, enquanto faz acrobacias. Adicione aí o sol quente do nordeste, o barulho do trânsito, e o fato dela passar o dia inteiro fazendo isso a cada 1 minuto.
É desgastante em todos os sentidos.
Sem contar que é uma atividade que dá mais fome, o que reduz a grana que sobra pra ela no fim do dia.
E por fim, a performance dela dificulta a arrecadação. Pois ela passa um tempo se apresentando – e normalmente só os carros da frente conseguem enxergar – e depois ela precisa sair correndo pra tentar arrecadar antes que o semáforo abra.
Percebe como é complexo… e difícil?
E como essa complexidade e dificuldade… é por causa do modelo de negócio que ela segue?
Pois é.
Agora vejamos o flanelinha?
Primeiro: O flanelinha não precisa de capacitação nenhuma pra começar. É só pegar uma garrafa com água, um rodinho e no primeiro dia ele já consegue seus trocados.
Segundo: é simples.
Ele não precisa fazer acrobacias nem dar um show. Ele só vai lá e limpa o vidro ou não. E pronto.
Terceiro: Tem mais alcance.
Enquanto a malabarista só é vista pelos carros da frente, o flanelinha sai andando pela fila de carros oferecendo seus serviços e aumentando suas chances.
No fim das contas, o flanelinha arrecada mais, com menos esforço. E não se engane, alguns flanelinhas ganham mais do que muitos assalariados por aí.
Mas enfim.
Tudo isso é muito similar entra a diferença entre ter um negócio baseado em redes sociais X Email.
Pra se manter nas redes fossiais é preciso dar um verdadeiro show todos os dias, o dia inteiro. Senão o algoritmo lhe derruba e você não atinge mais ninguém.
É preciso fazer stories, reels e claro, entrar ao vivo, caso contrário? O algoritmo destroi seu alcance (que já é ridículo)
Ah, e sobre todo esse show diário que precisa ser feito…
Bem, assim como no caso da malabarista, ele só é visto pelas pessoas que estão localizadas “na frente”, a grande maioria do “seu público” não vê absolutamente nada seu e você não tem controle nenhum sobre isso.
Enfim.
A verdade é que, também como no caso da malabaris, toda essa complexidade mais atrapalha do que ajuda.
Bem diferente do que acontece num negócio baseado em emails.
Primeiro de tudo: é simples.
É só ir lá e enviar um email e logo no primeiro dia você já consegue fazer conversões – mesmo que sua lista esteja parada há anos.
Não precisa fazer um show… nem escancarar sua vida pessoal e a intimidade de sua família… nem mesmo mostrar a cara.
Se arrumar todo… pra fazer uma live… de noite… pra um bando de pessoas que não pagaram 1 centavo pra estar ali?? Nem pensar.
E o alcance? Que com email você alcance facilmente de 20% a 30% de todo seu público – além de poder enviar emails específicos pra pessoas (ou grupos de pessoas) específicas, baseado no comportamento deles ou decisões suas (e tudo isso funciona de maneita automatizada).
E o público? Que nas redes fossiais seus seguidores não são seus (pois você não pode levá-los pra lugar nenhum, nem exportá-los, nem nada… enquanto sua lista de email é sua pra fazer o que bem entender, onde bem entender.
E a conversão? Que o email possui o maior ROI dos canais digitais até hoje.
Não é por acaso que algumas pessoas conseguem seguir o mesmo modelo de negócio baseado em email por mais de 30 anos (como mostrei no emai de ontem).
Porém,
Contudo,
Todavia,
Ninguém consegue construir e manter um negócio assim (simples e rentável) trabalhando com emails da forma como ensinam por aí.
Não mesmo.
De jeeeeeito nenhum.
Na verdade, o “segredo” do sucesso pra conduzir um negócio enxuto de múltiplos dígitos (e baseado em email) – é fazer o oposto do que ensinam por aí.
Algo que veremos mais à fundo nos próximos emails 🙂