Lições de email do Schwarzenegger

Ontem eu estava folheando o instagram quando vi isso:

“Estou amando falar sobre o que estou fazendo em minha newsletter. Arraste pra cima pra se cadastrar agora”

Pulei pra trás ao ver que era um story de ninguém menos que Arnold Schwarzenegger.

— Como assim?? Ele escreve agora?

Bem, pra alguém que já foi e voltou tantas vezes do futuro… acho que ele deve saber o que está fazendo.

Então arrastei a tela e fui me cadastrar.

Ao cair na página de captura vi que ele sabia sim o que estava fazendo.

Veja a copy:

“Você provavelmente já me segue no Twitter, Facebook, Instagram e reddit, mas também adoraria enviar e-mails para que possamos ficar conectados e compartilhar atualizações sobre o que estou lendo e assistindo e onde encontro inspiração, ouvir de você o que está fazendo e o que o motiva.”

Boa.

Ao cadastrar seu email aparece a seguinte mensagem:

Venha comigo se quiser se inscrever! Verifique seu e-mail! FAÇA ISSO AGORA!

(uma bela referência ao exterminador do futuro)

Adorei 🙂

Primeiro recebi um email de confirmação do cadastro – que continha o mesmo texto da página de captura.

Muito bom.

Em seguida fui ler o email do cara e fiquei de queixo caído logo com o primeiro parágrafo:

“Bem-vindo ao início da minha newsletter mensal. Uma coisa que aprendemos durante a pandemia é que conexão é mais importante do que nunca. De reuniões do Zoom a FaceTimes, todos nós encontramos novas maneiras de ficar conectados. Tenho visto meu instituto se tornar cada vez mais bem-sucedido com suas newsletters por e-mail a cada mês e percebi que era hora de fazer a minha.”

Sinceramente, não podia concordar mais com ele.

Acredito que a ideia inicial das redes sociais era nos conectar.

E elas cumpriram sua missão.

Mas agora parece que a coisa tomou um rumo diferente.

Em meio a tanto ódio, mentiras e agressão, a conexão verdadeira está se perdendo.

Uma das razões pela qual o email voltou a crescer muito.

As redes sociais parecem uma grande praça pública onde influenciadores falam de seus palanques pra sua audiência agitada que não se cala pra ouvir.

Qualquer um pode entrar na praça, gritar o que quiser na cara de qualquer um e sair andando como se nada tivesse acontecido.

Diferente do email.

O email é como uma carta pessoal escrita à mão enviada para você.

No momento em que senta pra ler meu email – somos só eu e você em nosso próprio espaço.

Apenas eu e você.

Não tem barulho. Não tem galinhas e cabras passando. Não tem ofensas gratuitas. Não tem ninguém pra opinar.

É apenas uma conversa franca entre duas pessoas.

Onde por alguns minutos uma conexão verdadeira é estabelecida e eu posso me abrir pra você.

E se você quiser se abrir pra mim – sua resposta será apenas pra mim.

Pense nisso.

(e se estiver sem ninguém esse fim de semana e quiser aquele cupom do Tinder que o banco me enviou… é só pedir. Seu segredo estará guardado)

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