Lições de Gary pra escrever com maestria

Quase meu email não chega hoje.

Você estranhou a demora?

Estranhou também que não lhe escrevi no sábado nem no domingo?

Garanto que não tem naaaaaada a ver com o fato de eu ter passado o fim de samana numa casa na praia, surfando com meus cachorros, tomando água de coco e dormindo ouvindo as ondas do mar.

(está tudo lá no meu instagram, onde eu mostro como minha vida é marav– ops, eu não tenho instagram, sorry)

Enfim. Na verdade o email de hoje quase não chega porque ontem, quando estávamos com as coisas (e os cachorros) arrumados no carro, com tudo pronto pra voltar pra casa, nos despedimos do povo e quando andei alguns metros com o carro “PLOC”, um estouro. Desci do carro e lá estava ele, um pneu furado.

Trocamos o pneu, e como já era de noite, decidimos voltar hoje de manhã. Mas aí todo mundo acordou tarde, e eu fui na borracharia, e tal… e tudo isso deu uma quebrada na minha rotina normal.

Junte isso com o fato de eu estar 2 dias “parado” + o processamento cerebral que escrever esses emails sobre Gary demandam = pequeno atraso.

Escrever bem não é fácil.

De fato, Neil Gaiman costuma dizer que “escrever é o trabalho mais difícil do mundo.

E Hemingway ia além ao dizer: “Não há nada para escrever. Tudo que você faz é sentar em uma máquina de escrever e sangrar.”

Escrever era difícil até mesmo pro maior copywriter de todos os tempos, Sir Gary Halbert.

Quem diria, não é? Mas em uma de suas newsletters, Gary escreveu:


Eu não quero estar aqui em minha mesa escrevendo essa carta. Eu quero estar em meu barco. Escrever é uma droga. Eu odeio escrever. Qualquer um que diz que gosta de escrever ou é um degenerado mentiroso ou um leproso social. Vamos encarar: Que tipo de nerd quer sentar e lutar com um pedaço de papel em branco quando ele poderia estar 60 pés debaixo dágua abatendo peixes inocentes, ou… namorando sua amada ou… indo ao cinema ou… jogando golfe ou… lendo o que outra pessoa lutou pra escrever…

Ou qualquer coisa!

Qualquer coisa menos escrever.


Pois é.

E quais os conselhos de nosso mestre pra escrever copy com maestria?

Bem, o primeiro deles é o mais importante de todos – e ao mesmo tempo o que os tais escritores menos seguem.

Gary dizia que a melhor maneira de escrever com maestria é…

ESCREVENDO.

Tão básico. Eu sei. Você sabe. Porém…

Quando clientes (e até alunos) chegam até mim e perguntam: “Bruno, o que eu faço pra melhorar minha escrita?” eu sempre pergunto de volta: “Você escreve todos os dias?”. E as respostas são sempre as mesmas. É sempre um “não” disfarçado de alguma coisa.

Pior é saber que muitos fazem isso por acreditar que escrever é um trabalho mais artístico e criativo do que braçal.

Eles vivem à espera da inspiração pra escrever, quando na verdade, é escrever que inspira.

A grande lição aqui é: Apenas sente sua bunda gorda na cadeira e escreva todos os dias, mesmo quando você não está afim nem faz ideia do que escrever.

Gary até conta a história de John D. McDonald (um dos maiores escritores de todos os tempos) que quando começou sua carreira ouviu alguém dizendo que um novelista não atinge seu ápice até escrever cerca de 10 livros. Então, o que McDonald fez? Ele escrever o equivalente a 10 livros em 1 ano.

Ok.

Segundo conselho:

Muitos copywriters tem dificuldade pra escrever porque tentam ser criativos, ter big ideas, ou ter algum tipo de inspiração divina, enfim, eles erram porque procuram as respostas pra sua copy dentro de suas próprias cabeças – quando todas as respostas pra sua copy estão no mundo lá fora, nas cabeças e corações de seu público.

Terceiro conselho:

Se você quer escrever de uma maneira que puxa o leitor pela jugular e quase o obriga a ler sua copy… Aprenda a escrever boas hedlines.

Oh boy…

É impressionante a quantidade de copys que eu analiso por semana e tooooooodas elas chegam com títulos marrom-menos, que não chamariam atenção nem com uma melancia na cabeça.

Veja por esse ponto: A headline (ou título) é o anúncio de sua copy. Se você já falhar no próprio anúncio de sua copy, sua copy já está destinada ao fracasso.

Quarto e último de hoje:

Essa estratégia é, sem dúvida, uma das coisas que mais influenciaram no sucesso de todas as cartas e copys de Gary Halbert. Então ouça-o com ainda mais atenção. Aqui vai:

Escreva copys que seguem o caminho da ILUMINAÇÃO, e não da manipulação.

O que isso signifca?

Copy baseada em manipulação é aquela que você vê em toda parte. É aquela copy que fala muito, mas não diz nada. É uma copy formada apenas de expressões de PNL, curiosidade sem sentido e, quase sempre, fatos mentirosos. Sabe aquelas copys que chega dá agonia de assistir, mas que as pessoas assistem puramente pela curiosidade e por alguma mentira estúpida que elas mesmas querem acreditar?

Copy baseada em iluminação é o oposto.

É uma copy que, por si só, traz grande valor pro leitor. Seja através de uma história interessante, ou informação aplicável, ou insights, enfim. É aquela copy que de alguma forma ajuda o leitor, mesmo sem ele comprar o produto (e não estou falando de conteúdo).

Iluminação vem do fato de você trazer uma nova luz pro problema da pessoa.

Era isso que Gary fazia em praticamente todas as suas copys.

Até falei um pouco sobre esse conceito nesse vídeo que fiz analisando uma carta dele.

A questão é que esse tipo de copy não apenas converte mais e trás os melhores clientes (os inteligentes), mas também é mais fácil de escrever do que aquelas manipulações bizarras.

E no compilado de lições de Gary que estou criando, eu vou me aprofundar nesse conceito de iluminação e mostrar como Gary fazia isso na prática – e como você pode fazer o mesmo em suas copys 🙂

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