Como se tornar o melhor copywriter do mundo

Essa obviamente não é a minha história.

Eu não sou o melhor coywriter do mundo.

Talvez o melhor email copywriter do Brasil??

Enfim.

Essa é a história de como Gary Halbert se tornou o melhor do mundo.

Você provavelmente vai se identificar com muitas coisas aqui… e mesmo que você não tenha a ambição de ser o melhor copywriter do mundo – com certeza dá pra aprender um bocado com a experiência do Príncipe do Impresso.

Gary conheceu o mundo da mala direta no meio dos anos 60.

Como?

Ele descobriu 2 caras que tinham muita grana, um estilo de vida excitante (um deles tinha uma geladeira só pra refrigerantes), reconhecimento de seus colegas, e tudo mais que um homem poderia querer.

E como o negócio desses caras era marketcheng direto… Gary resolveu se aventurar nessa jornada também.

Pra isso, ele começou a ler tudo que encontrava sobre o assunto. Passava literalmente o dia inteiro na biblioteca local lendo todos os livros sobre marketcheng direto. Se lá não tinha o livro que Gary queria, ele digiria centenas de quilômetros até outro estado, só pra conseguir o livro. Ele até pegou vôos pra grandes cidades como Nova York e Manhattan só pra ver o que conseguia encontrar em suas grandes bibliotecas.

Além disso, obviamente ele adquiriu todo tipo de curso e material que encontrava sobre o tema.

(parece familiar pra você?)

Aos poucos ele foi aprendendo que:

  • Era mais efetivo enviar cartas do tipo comerciais do que pessoais (de primeira classe)
  • Um CTA fora do envelope sempre aumentava resposta
  • Uma carta colorida era melhor que de uma cor só
  • A melhor campanha de mala direta devia conter, além do listado acima, um panfleto colorido, um envelope comercial de resposta, e outras peças “marketeriais”

Quando se sentiu pronto pra começar, nosso mestre (que era amador na época) tinha uma ideia de produto (livro, relatório ou semelhante) e criava toda a campanha pra vendê-lo. Aí, como essa estrutura sempre teve um custo alto e nosso mestre era quebrado, ele pedia emprestado, implorava e dava um jeito e levantar uns trocados suficientes pra rodar a campanha.

Então, ele e a esposa imprimiam todas as cartas e materiais, arrumavam todos pra criar o pacote promocional da campanha, e um a um os colocavam nos milhares de envelopes.

Por fim, eles levavam os quilos de cartas até o correio, despachavam, e esperavam.

Os dias seguintes eram de pura ansiedade, esperando os pedidos dos clientes… que nunca chegavam.

Na verdade, até chegavam alguns pedidos, mas nunca o suficiente pra seque cobrir os custos.

Aí nosso perseverante mestre começava tuuuudo de novo.

Tinha uma ideia de produto, levantava uma graninha, escrevia a copy, preparava os envelopes, enviava pelo correio e esperava dias com os dedos cruzados.

Nessa doce tortura, 3 longos anos se passaram.

Nancy, a esposa de Gary na época, não aguentava mais ter água e energia cortada por ele escolher enviar suas campanhas ao invés de pagar as contas… e se separou.

No fundo do poço, um dia nosso amigo desceu até o porão de casa e pensou consigo mesmo:

“Gary, o que você faria se tivesse que fazer sua próxima campanha funcionar? E se pudesse enviar apenas uma carta, mas se você não tivesse resposta, seria decapitado?”

É um mindset poderoso, que ele recomenda você se colocar de vez em quando.

Então ele se aprofundou naquele raciocínio:

Se eu tivesse que enviar uma carta pra um estranho, e ele precisasse comprar de mim ou eu seria morto, acho que eu não enviaria minha carta como comercial, mas sim como uma carta pessoal, particular.

Também não colocaria CTA`s, nem panfletos, nem todas aquelas cores.

Pouco a pouco ele começou a questionar as regras dos gurus da época, e apenas se colocou no lugar da pessoa do outro lado da carta.

No fim, Gary terminou com uma campanha que não parecia em nada com uma campanha dos experts (como expliquei no email do dia 22, antes de ontem).

O resultado?

A campanha deu tão certo que foi um sucesso da noite pro dia (que demorou 3 longos e sofridos anos pra acontecer).

Aquela carta foi o início do que viria a se tornar uma empresa de Gary, com 700 funcionários, 40 deles apenas pra fazer os depósitos dos mais de 20 mil cheques que chegavam pelo correio todo santo dia.

A partir daí também, Gary parou de seguir os experts da época e começou sua busca pra aprender com os verdadeiros mestres do copywriting.

Uma das lições que ele traz sobre isso é que:

“Não apenas é importante o que você aprende; É igualmente importante o que você NÃO aprende.”

Ele foi aprova viva disso, ao tentar fazer suas campanhas darem certo seguindo os princípios dos “experts”.

No nosso mundo atual, isso se traduz naqueles experts que você segue no instagram só por que eles dizem fazer 7 dígitos… e todos os dias postam “conteúdo matador” que faz você acreditar que está aprendendo algo – quando na verdade aquele conteúdo pode ser o caminho pra sua ruína, ou o que impede seu sucesso verdadeiro.

Além disso, no fim das contas, o simples fato de seguir o bom-sendo e se colocar no lugar do cliente vai lhe trazer resultados muito melhores do que seguir as regras dos gurus – como aconteceu com Gary e como eu vejo acontecer todos os dias.

Enfim.

Ainda sobre copy, pra se tornar o melhor do mundo Gary trabalhou duro noite e dia durante décadas. Muitas vezes ele passava semanas e até meses lapidando e refinando suas copys pra que chegassem ao mais próximo da perfeição.

Quando se travata de copy, ele não pensava apenas em copy. Pensava em pessoas, em relacionamento, em experiência, em soluções, em como simplificar e melhorar as vidas das pessoas com elegância.

Ele também reescrevia grandes copys à mão, usando caneta e papel. Eu fiz isso por alguns meses e recomendo muito. Isso funciona porque você está literalmente escrevendo boa copy, então essa reescrita ajuda você a sentir as palavras, o tempo, o ritmo, as ideias das boas copys – o que com o tempo vai enraizando em seu cérebro. (mas não vale digitar as copys, tem que escrever à mão).

Por fim, Gary recomendava os seguintes livros pra você ter em sua cabeceira e carregá-los pra todo lugar que for. Eles são a melhor base sobre copywriting que existe no mundo até hoje.

(melhor do que qualquer curso de guru brasileiro de 5k, 10k ou até mesmo os a maioria dos masterminds caríssimos)

Os livros são:

Scientific Advertising – Claude Hopkins
The Robert Collier Letter Book – Robert Collier
Tested Advertising Methods – John Caples
How To Write A Good Advertisement – Vic Schwab
The Lazy Man’s Way to Riches – Joe Karbo
7 Steps To Freedom – Ben Suarez
Breakthrough Advertising – Eugene Schwartz
The Boron Letters – Gary Halbert
E todas as newsletters do próprio Gary 🙂

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