Tem um copywriter americano que me inspirou no início.
Acompanho ele há muitos anos.
Mas apesar disso, nunca cheguei nem a ser fã dele.
Apenas acompanhava. Aprendia umas coisas aqui e ali, mas só.
E ultimamente eu nem lembrava que ele existia.
Mas essa semana resolvi abrir um email dele, e foi aí que entendi porque mesmo achando o cara legal, eu nunca me tornei um fã, nem ao menos um bom cliente dele.
Veja, no email ele explicou seu processo de escrita de emails.
Funciona assim:
Primeiro ele escreve o email à mão. Com papel e caneta.
Segundo, ele digita o texto no computador.
Depois ele abre o ChatGPT, cola o email e diz pro robô estudar o texto e sugerir 5 títulos pro mesmo.
Então ele pega 1 ou 2 que gostou, edita um pouco e joga de novo no chat e pede pra reescrever a ideia do título na primeira pessoa.
Aí ele pega as novas ideias do chat, volta pro papel e caneta e quebra a cabeça até ter boas ideias pro título.
Quando chega num resultado que gosta, ele envia o email com 2 variações de título fazendo o teste AB.
Aí ele descobre quem foi o vencedor e dispara o email pro resto da lista.
Por fim, ele diz que não se dedica muito a isso porque ele é o tipo de pessoa que escreve baseado em relacionamento com a lista.
Ok…
Não sei você, mas eu não vi absolutamente NADA de relacionamento nesse processo.
Tudo que eu ouvi foi sobre tecnologia. ZERO sobre pessoas.
Foi aí que ficou claro pra mim, porque eu nunca me tornei um fã, muito menos um grande cliente dele.
O mais interessante é que Gary Halbert já falava sobre isso em 1993, quando a internet explodiu e estava revolucionando o mundo do marketcheng.
Todo mundo corria até Gary perguntando coisas do tipo:
“Gary, qual o melhor computador pra usar?”
“Gary, qual o melhor curso de informática pra fazer?”
“Gary, qual o melhor sistema pra criar meu site?”
“Gary, como eu formato minha carta no processador de texto?”
Todo mundo preocupado com ferramentas e tecnologia.
E gary dizia:
Marketing é uma mistura de tecnologia e psicologia, mas no que diz respeito a lucrar… Entender a psicologia é 1.000 vezes mais importante do que entender a tecnologia.
E ele não dizia isso da boca pra fora.
Apesar de não saber nem como ligar um computador, até os dias de sua morte (em 2007) Gary era uma das pessoas mais procuradas do mundo pelos grandes nomes do digital da época, pra prestar consultoria.
Pois é.
E se esse conselho era válido em 1993, quando a infernet ainda engatinhava, hoje essas palavras valem ainda mais:
Entender a psicologia é 1.000 vezes mais importante do que entender a tecnologia .
É por ignorar isso que o copywriter no início desse email nunca conseguiu estabelecer um relacionamento comigo – e provavelmente nem com sua própria lista.
É também por ignorar isso, que o mundo digital tá cheio de copywriters e empreendedores que não conseguem prosperar por que passam o dia mexendo em ferramentas e buscando as soluções na tecnologia.
Não seja um desses.
E se quiser se aprofundar na psicologia de copy e marketcheng, meu compilado de lições de Gary Halbert vai ser um prato cheio pra isso, um verdadeiro GaryGPT de Inteligência Natural.