O que oferecer a grandes clientes?
Essa foi a excelente pergunta do querido leitor Eder.
Mas antes de responder, preciso falar de um verdadeiro tesouro que encontrei escondido num canto de uma feira.
Ontem fui de novo com Priscilla naquela estranha feira com corpos nus.
E… eu já lhe disse o quanto odeio feiras livres?
Pois é. Descobri que esse ódio vem da infância. De quando eu passava a manhã inteeeeira rodando a feira com minha vó, de banca em banca, perguntando preço de tudo pra, no fim… economizar não mais que 10 reais.
Enfim. Lá estava eu puxando o carrinho de compras num calor desértico, com a cara emburrada, quando ouvi um som familiar que não ouvia há muitos anos.
O som de uma máquina. Um som que eu conhecia muito bem. O som da única alegria que eu tinha quando ia pra feira com minha vó.
Olhei para os lados procurando, até que a vi lá num cantinho atrás das bancas. Uma máquina de…
Sorvete!
Putz… Não sei como são as feiras onde você mora, mas por aqui antigamente tinham umas máquinas que vendiam um sorvetinho cremoso (tipo italiano) que é uma dádiva dos deuses.
E depois de longos anos de procura, lá estava ela. A original. O sorvetinho de ki suco que alegrava meus domingos na infância.
[já é a terceira vez que sou interrompido enquanto escrevo esse email. Será que vou conseguir terminar hoje?]O problema é que… depois de tantos anos, o sorvete não é mais tão gotoso quanto eu me lembrava.
Talvez por que eu viciei no sorvete do Mc Donald’s?
Não sei.
Só sei que fiquei tão feliz quando vi a máquina, tão feliz, que minha expectativa foi lá em cima… mas minha experiência não foi maior que um anão.
Acontece.
Acontece até no mundo de copy. Quando o copywriter fecha com um cliente, achando que vai bombar com aquele projeto, mas no fim descobre que o cliente era melhor na lábia do que na própria “especialidade”.
Por isso é melhor trabalhar com grandes clientes.
Eles tem um negócio já validado e rodando. Eles entendem o que você faz. Tem margem pra erro. Entre outras coisas.
Mas o que oferecer pra esses clientes?
Hoje eu penso da seguinte forma:
Se você está começando e ainda não tem uma especialidade definida. o melhor é oferecer pra escrever todas as copys pro cliente. Mas apenas as copys focadas em conversão. Evite escrever posts em redes sociais e outros textos não focados em conversão.
Escreva emails, páginas de vendas, anúncios, landing pages…
Além disso, dê ideias.
Não seja o profissional que apenas recebe ordens. Seja criativo, dê conselhos ao cliente. Pense diferente. Inove.
[e pela quarta vez eu sou interrompido de novo]Agora, se você já tem alguma especialidade (como escrever emails, por exemplo), o melhor é você focar só nisso. Pois tanto você pode cobrar mais, quanto é mais fácil de fazer seu trabalho.
Mas acima de tudo, nunca seja como esse cara:
Não seja o cara que faz design, html, css, ebook, anúncios, varre, passa, lava, cozinha…
A especialidade é o caminho pro topo.
Já imaginou Ronaldinho jogando no ataque, e na zaga, e na lateral, e no gol, e como técnico, e massagista.. não dá, né?
Ei, esse é o email mais tarde da noite que já enviei pra você, mas depois de tantas interrupções, parece consegui terminar.
Ou estou terminando por que não sei mais o que falar.
De qualquer forma, tenha uma boa noite.
Tem um açaí geladinho me esperando.